Crônica de Domingo II (postada no sábado): O deputado comunista Jorge Amado Em janeiro de 1948, meu pai, então deputado federa l pelo PCB, teve seus direitos políticos cassado, perdendo o seu mandato. Junto com ele mais 13 membros do Partido, eleitos pelo povo, foram mandados embora do Congresso Nacional. Ao lado de papai aquele que considerava seu irmão mais jovem e querido, Carlos Marighela. Houve tempo, antes da cassação, para participar da Assembléia Nacional Constituinte, sendo autor de duas leis importantes: A da igualdade religiosa no Brasil e a de isenção de impostos para os artistas e escritores. A lei de isenção de impostos foi modificada, prejudicando a cultura brasileira, mas a da igualdade religiosa se mantém, fundamental para a liberdade do povo e de seus cultos. Um detalhe curioso, o escritor baiano, comunista, foi o deputado com maior votação no Estado de São Paulo nesta eleição. Tinha muito orgulho disso e de ter sabido ser um bom parlamentar e constituinte, honesto e